"...um livro, uma página de livro apenas, por menos ainda, uma simples gravura em um exemplar antigo, herdado talvez da mãe ou da avó, poderá fertilizar o terreno no qual a primeira e delicada raiz desse impulso começa a se desenvolver."
-Walter Benjamin

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A Menina que brincava com fogo - Stieg Larsson

A continuação do livro Os homens que não amavam as mulheres não é uma continuação qualquer. Encorpado e mais grosso e denso que o primeiro livro da trilogia Millennium, o livro traz um Mikael mais maduro e centrado, uma Lisbeth diferente, mais solitária (se possível), mais misteriosa e contraditoriamente: com mais amigos.

Nesse livro nós sentimos na pele o que acontece com Lisbeth, Mimmi reaparece, assim como voltamos a nos encontrar com alguém da família Vanger que não vou dizer quem é pra não gerar spoiler da trilogia.
Se no primeiro livro tivemos um desaparecimento misterioso, nesse temos alguns assassinatos, os principais suspeitos são tão óbvios que você se convence. Aí acontece outro assassinato e a coisa muda de figura. Teorias e mais teorias surgem tanto na mente de quem lê quanto na mente dos personagens, isso sem desconfigurar a capacidade de Larsson de apontar falhas imensas nas políticas públicas da Suécia. A prostituição, ligada a corrupção e a uma malha imensa de trâmites políticos e policiais são denunciadas de forma descarada na trama desse livro.

Um laudo nunca diz tudo, não passa de um pedaço de papel sobre as impressões de alguém sobre outro alguém.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Fortaleza Digital - Dan Brown

Entre minhas leituras paralelas acabo de terminar a releitura do Fortaleza Digital, a história se passa na NSA (National Security Agency), uma companhia de inteligência Norte-Americana, estilo CIA, mas que ficou por muitos anos desconhecida dos reles cidadãos. 


Na estória, Susan Flecher, chefe do setor de criptografia da NSA é chamada para atender um chamado de emergência do seu chefe (Comandante Strathmore) em pleno final de semana, o que já configura algo fora dos padrões do setor. Se não bastasse isso, seu noivo, David Becker saiu as pressas para atender um chamado sobre o qual ele nada contou ao deixá-la na manhã de um sábado.
Acabamos descobrindo que David foi mandado pra Espanha, para uma missão de Strathmore, missão inteiramente relacionada com o chamado de Susan. Mais do que imaginamos!


O Maior computador de todos os tempos está parado numa decodificação e é em torno dessa decodificação que o livro gira. Muito melhor que O Código Da Vinci, na minha opinião, o livro nos faz pensar sobre uma realidade não muito distante da nossa, isso me fascinou da primeira vez que li, e como eu não lembrava do final, foi o que moveu a releitura. Um suspense de ficção real que vale MUITO pena ser lido, com personagens bem característicos e muita ação.


Quis custodiet ipsos custodes?