"...um livro, uma página de livro apenas, por menos ainda, uma simples gravura em um exemplar antigo, herdado talvez da mãe ou da avó, poderá fertilizar o terreno no qual a primeira e delicada raiz desse impulso começa a se desenvolver."
-Walter Benjamin

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Steven Tyler - O barulho na minha cabeça te incomoda?


Faz 25 mil anos que não escrevo, e mesmo que ninguém leia, preciso falar desse livro. 

Eu nem acebei e já sinto como se esse homem não pudesse morrer. Ok, ok, ele fala de drogas, sexo, vadiagem... mas não é isso que o torna impressionante, cativante ou sedutor, ele tem alma de menino, um menino sensível, aberto, feliz, sincero, apaixonado, sonhador. 

As memórias de um musicista, apaixonado pelo piano e pelo companheiro de banda, que ele conta com detalhes como conheceu e como descobriu que era seu irmão-parceiro.

As memórias do primeiro piano, reencontrado tanto tempo depois na casa de estranhos. O tesão pela música e a leveza das palavras sinceras, mesmo quando elas são brutais. As experiências e a força, leveza e determinação de um meninos que se inspirava em ídolos do outro lado do Atlântico, também se inspirava em completos desconhecidos famosos por onde morou. Se inspirava em artistas regionais, que infelizmente não fizeram tanto sucesso, mas também em grandes nomes de outros seguimentos. Um jovem que soube aproveitar as oportunidades mesmo quando eram obscuras e que ama suas filhas tanto quanto ama suas músicas.

A Relação com as músicas que escreveu, a maneira como foram escritas e como elas fluiam por sua mente a cada nota tocada por Joe, mesmo que inconscientemente.

Se você gosta de música e de repente passar por aqui, leia. Leia como recomendei a leitura de Vida do Keith Richards, permita que o Steven faça barulho na sua cabeça tanto quanto ele tem na dele, pois diferente da história séria e linear do Keith, a história dele é contada com a mente de um adolescente, agitada, misturando tempos por causa dos fatos e completamente envolvente. 

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